sábado, 31 de dezembro de 2016


O calendário estará prestes a mudar novamente e um novo ano iniciaremos.
O que sentimos ao pensar, ao lembrar e ao se perguntar como será é um sentimento único em cada uma  das pessoas, em cada parte do mundo, desde o mínimo espaço ao maior.
Há um sentimento em comum e cada qual permanece dentro de cada um, um olhar...
Que a esperança jamais morra, que o brilho no olhar não se apague, que os sonhos estejam vivos em nós. E que as pessoas se unam para mudar o que está errado. Com a união do povo  a mudança será feita. Não precisamos mais aceitar o que o governo, os poderes decidem sobre nossas vidas. Temos o poder de dizer que não queremos e decidir o rumo do nosso país. Podemos mudar sim, quem nos disse que não se pode? Acredito em nós.
O tempo nos acompanha em seu silêncio, a noite e o dia surge aos poucos.
Peço aos céus que proteja e iluminem o caminho de cada um e que floresça a força para se unir.
Um abraço sincero e um feliz ano novo e próspero

O calendário estará prestes a mudar novamente e um novo ano iniciaremos.
O que sentimos ao pensar, ao lembrar e ao se perguntar como será é um sentimento único em cada uma  das pessoas, em cada parte do mundo, desde o mínimo espaço ao maior.
Há um sentimento em comum e cada qual permanece dentro de cada um, um olhar...
Que a esperança jamais morra, que o brilho no olhar não se apague, que os sonhos estejam vivos em nós. E que as pessoas se unam para mudar o que está errado. Com a união do povo  a mudança será feita. Não precisamos mais aceitar o que o governo, os poderes decidem sobre nossas vidas. Temos o poder de dizer que não queremos e decidir o rumo do nosso país. Podemos mudar sim, quem nos disse que não se pode? Acredito em nós.
O tempo nos acompanha em seu silêncio, a noite e o dia surge aos poucos.
Peço aos céus que proteja e iluminem o caminho de cada um e que floresça a força para se unir.
Um abraço sincero

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Há uma estrela

Hoje a noite tem uma estrela
ela brilha imensamente
ilumina a todos
na cidade


A noite nos abraça
e um sonho nasce dentro da gente
é a esperança de um novo dia
e o abrigo do que se foi


boa noite

Quando escrevo


Há uma certa tristeza
quando escrevo,
entretanto no fundo, bem no fundo
há em mim esperança
se não fosse ela talvez não escreveria


Acomete-me que lágrimas no canto dos olhos
tendem a cair distraidamente
e eu, que me faço de destemida
as enxugo rapidamente entre meus dedos
e o vento frio do dia
seca-me as lagrimas


Recomeço, respiro, olho para o mundo
e penso:
-É preciso mais que um passo neste caminho;
então levanto-me e me vou andando...

domingo, 18 de dezembro de 2016

Aonde está a sensibilidade...


Por que tanta injustiça
se somos todos pessoas
com suas dores
e alegrias?


Se o dia acaba
e se inicia
por que tanta injustiça?


Aonde está a sensibilidade?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A música escondida da vida ...



Andei, andei e caminhei
pontes e montanhas
rios e mares
avenidas e ruas,
atravessando faróis
sob barcos, sob os pés caminhados

Andei a olhar...
céu e chão,
semblantes e rostos
árvores e flores
frutos ao chão, na mão

Buscando números...
voltei, voltei e andei
sob a areia da praia imensa
contando gotas de água
ouvindo canções
coroando letras

Esquecendo de enxergar
vi pessoas a correr
na linha do tempo
sem se olharem

Vi, vi eu vi
documentos impedindo de ser
recuando iniciativas
e tornando pessoas em números

Quem escrevia aquela história contada?
Onde estive, onde vou
é por onde andei
passos entre dados
buscando a luz, o sinal do dia
a vida além do horizonte

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Ao passar...

Bastava sair para caminhar
passar pelas ruas
sentir o aroma suave e forte
e principalmente bastava ve-los
Ver as pessoas
que tudo tinha vida
que tudo se torna vida em meus olhos
e coração


Era como a paz de um abraço
no fim do dia
ou o gesto de ajudar sem pensar
Eles eram para mim
a esperança que nunca se perdeu
e jamais se perderá
enquanto houver as pessoas, a natureza
a vida, seguirá estando em cada passo,
em cada olhar...




Ve-los passar...
as crianças voltando das escolas
os pais indo busca-los
Os ônibus a seguir
os vizinhos a cumprimentar
...era sentir-se vivo e pensar
que ainda a sentido em tudo
Que vale a pena
Vê-los nestas tardes de primavera
devolvia-me sorrisos que foram se perdendo
enquanto pensava
Lia, ouvia e via coisas tristes
Notícias, histórias antigas repetidas...
vozes silenciadas


Devolviam-me a esperança e o brilho nos olhos

Eram eles, as pessoas
que sempre tiveram graça
da vida em gestos, tudo fazia sentido




Há algum poder que dure
frente a estes gestos?


A ternura sempre prevaleceu
E o que foi áspero sempre
se perdeu com o tempo


As estrelas, o sol, a lua
nos iluminam dia e noite
como numa peça de teatro ilumina
em seu cenário os atores cada história




peço aos céus
que protejam as nações
que são elas o motivo de tudo existir
e a chance de transformar que nunca
se termina
porque você existe e neste instante respira este mesmo ar e ainda sonhas
não o deixes ir...
Sempre se pode



sábado, 1 de outubro de 2016

Sentimentos

Tiremos nossas próprias conclusões, sem necessidade de explicá-las, mas de contá-las.
Como se não pudesse conter os sentimentos-, e será que é preciso?...
Como se fosse maior o que transborda do seu coração...não há como reprimi-lo ou limitá-lo
Dar vida aos sentimentos
Dizer por um olhar...
ganha-se força e não há sombra que a apague



domingo, 18 de setembro de 2016

Um pouco em cada passo

Era uma noite, noite serena e silenciosa
de um dia...
longe se ouve uma canção...

Não se vê rostos, apenas sombras
gestos
formas que moldam o andar

Ela perdia-se entre lembranças,
procurava pelas palavras, agora mudas.
Seu olhar ia fitando
o movimento daquela noite...
e mesmo distante ela sabia,
ela sonhava...

Vieram os dias, a lua e o sol
e as pessoas eram sombras pela noite
silenciosa...

Passos dados, entre passos não dados
-ainda vivia por dentro: sonhos

E ela se foi para longe...
não a viram regressar
ia regando a terra de esperança
seu olhar sempre contou coisas deste mundo
mesmo sem conhecê-lo, mesmo sem saber,
sentia
E isso nunca compreendi

Olho através da janela; avisto a multidão de pessoas
caminham em destinos,
encontram-se e desencontram-se

Pensei tê-la visto...
-Creio que me equivoquei
Ela talvez esteja
um pouco

em cada um dos passos...

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Um dia...




Era um dia excepcional de belo,
o sol brilhava as voltas da cidade
e no céu um azul mar dançava
Ali estaremos todos andando...

O vento era suave, tratava-se de um abraço
Envoltos nesta esfera,
esperávamos que assim fossem todos os dias

Nossas feridas iam se dispersando, iam querendo  sumir
o entusiasmo de sentir cada instante
era maior que toda voz inconsciente

Era um convite para a liberdade,
para sair e lutar por todos
era um convite para nos juntarmos
Para ser um, para ser uma grande história

Era um convite para sairmos pelas ruas, para esquecermos que somos desconhecidos
e dizer-nos; que podemos
que queremos ser quem somos

Dizendo sim ao sonho, à vida
Um convite para dar a mão, para dar um abraço

para caminharmos e dizer - estamos juntos!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Poesia no coração

Na poesia
eu encontrava
a doçura perdida
quiçá adormecida
sob um olhar




Na poesia resgatava
a ternura que proibiram
Nela eu via vida,
nela eu era vida
-e a vida tinha sentido

sábado, 13 de agosto de 2016

Quem o dirá?...

E a beleza que está na forma de olhar? na expressão de dizer que sentes, que ama -quando seus olhos podem ver a quem o coração conta-nos sempre, que é por este amor que viverias, sem medo do tempo, das circunstâncias, só tens esperança e paz na imensidão da alegria que o traz.

Ah... quanta beleza há nos pequenos detalhes... 

E a beleza que está na forma de um sorriso? quem o dirá? ...

Vem vindo a verdade



Toquem os batuques,
as pessoas vem chegando,
vem trazendo sonhos,
vem trazendo esperança,
vem trazendo amor e palavras
-vem trazendo o futuro

Toquem os batuques
é a vida ressurgindo,
venha ver, todos estão juntos

ninguém os separará

Olhar o mundo



Olhar para o mundo na altura de nossos olhos e tentar enxergar-lo; com seus detalhes, luzes e sombras -, é buscar reconhecer a vida por cada parte que completa nossa visão.

E para olhar é preciso estar livre, livre de si mesmo. Precisa ser natural - igual dormir e acordar. Precisa vir do coração na maneira de sentir, sentir e perceber que cada instante é único -,porque é o momento que o vives, e dele guardará recordações.

É preciso somente senti-lo; ouvir, sentir o cheiro, tocar, caminhar...

O que vemos é o nosso mundo, existe vários outros mundos, cada pessoa tem seu campo de visão.

Por distintos que sejam, eles se interligam.

Que viva a imaginação


Isabela B.

sábado, 6 de agosto de 2016

Luzes



Tem vezes que a luz
reaparece no olhar
-mesmo entre neblinas.
Alguém um dia dizendo
nos fez andar
e nos próprios passos fomos andando...

Não olhe assim com tanta tristeza...
a vida é mais; - mais caminhos

Enquanto estiveres indo verás
-Lembre-se, lá no fundo de sua alma,no coração
há o que trazes por dentro.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Pensamentos...

Deixo-lhes um pensamento.. .Boa noite e um grande abraço :)




Tem pessoas que são sós; passam dias sozinhos, tomam  café na mesa sem ninguém para desejar bom dia.
Cada um tem seu oficio, uns saem cedo, outros mais tarde.
Alguns dirigem trens, levam pessoas e histórias.- Sem vê-las ao certo...

Há quem caminhe sem saber aonde vai, anda cantando ou pairando, olha para o chão ou para frente, quase nunca para o céu. - Só para saber do tempo...
Alguns escrevem para conversar consigo mesmo e com seus personagens para falar com alguém, na esperança que de suas palavras nasçam uma ideia, um motivo, uma esperança. - Sabe que algum dia alguém o lerá.

Tem os que pintam, as casas, as cidades, as pessoas e toda a vida que dela surge.
Outros que são professores no oficio de ensinar um saber, de mostrar caminhos.- Se esquecem que eles também necessitam encontrar caminhos.

Nunca foram boas as despedidas, nem nunca serão... As pessoas um dia nos abraçam e nos dizem adeus, ou até mais.  Há vezes  elas somem de nossas vidas devagarzinho que quando percebemos já se passou anos e nenhuma palavra trocada.
Acontece que cada uma tem seu próprio destino e seu rumo por seguir.
É estranho como as coisas acontecem...ás vezes há um vazio que é um imenso silêncio, em outros euforia, entusiasmo.

Quem será as pessoas que passam agora sobre a avenida? quantos segredos?  quantas histórias cada olhar esconde? e o coração o que sente em quanto caminha?
Queria dar-lhes um forte abraço.

Vem o dia, passa suave ou rápido, logo é a noite que surge, realçando o mistério de viver.
Tenho perguntas que já foram perguntadas certamente um dia, e respostas que todavia não encontrei...
Há rios e mares...ah o mar...-tenho medo dele, do que há além e de suas ondas altas...
Tem pessoas que vivem nas ruas de uma cidade, não se sabem quem são, seus nomes e suas raízes...vivem sob o frio e o calor.

A beira das luzes dos altos prédios - são as grandes cidades diziam algum dia... luzes emergidas se fundem numa só e ajudam a lua a iluminar a sombra da noite.
Tem pessoas que são sós.. não se sabem aonde estão, mas sabemos que sim.
Esperam pelo amanhã sem ter a quem perguntar como foi o dia ou dizer-lhe uma boa noite...

Há tantos mundos diferentes num mesmo mundo... Ali ao lado já não é como aqui. Tudo flui diferente.

O que acontece quando nossos olhos se fecham e dormimos?
O mundo continua a girar, o que acontece do outro lado?...
Creio que o mundo precisa de um abraço.

" Tem gente que chora devagarzinho rios e rio, num silêncio absoluto, longe de todos no escuro, no seu interior. E ninguém o vê.
As pessoas são fortes e sensíveis, não há como dizer que um robô um dia será como nós, porque isso não será".


sábado, 25 de junho de 2016

Uma história- 1° Capitulo

Agora inicio esta noite com uma história que venho escrevendo a alguns dias. Que por alguma razão, da qual me faz sentir viva, escrevo estas linhas como uma mensagem não só minha, mas de muitos que vivem sob esta terra.
Poderia antecipar com uma sinopse, mas acaso eu poderia? ... ainda não, ainda descubro.
 Deixo-lhes com amor, o primeiro capítulo da história: 


"Andamos buscando um novo dia". 


Primeiro Capítulo...

                            

Tudo começa num ponto... um dia essa era a frase mais difundida, do pintor Kandinsky. E convenhamos, há razão.
Para muitos o princípio de um desenho, assim como um caminho tem como partida a primeira gota de tinta de um pincel, de uma caneta - no caso do caminho estes são os passos, o primeiro deles; um após o outro e a escolha está feita. - Não definitivamente, mas moldando-se.
             
 Nesse processo de desenvolvimento, tão longo... frágil e forte, tudo foi se transformando - alguns para o bem, outros para o mal.
Numa continuidade de linhas que hoje, estamos aqui, ainda nascidos em anos dos quais antecedem outros que virão e dos mesmos que um dia passou por esta terra, pisando o mesmo chão, olhando  para o mesmo céu - Agora algo mudou... foram as cores?  as pessoas? foram os cimentos, os rostos?
Entre as diversas linguagens...estão o silêncio, a voz. Palavra esta que conta, que nos aproxima. Que também separa. - Tudo depende de como é visto, de como é utilizado.
           
   Nossa incompreensão é acordar querendo que fosse diferente tudo que faz mal, esperamos por um mundo melhor. Sabendo que ao mesmo tempo temos que lutar dia-a-dia contra o que não concordamos, fazendo parte dele.
             
 Os pensamentos que impulsiona, a atitude põe esperança e transforma - plantando, cultivando e colhendo.
            
  Numa canção se esclarece, dá ritmo, sentido - A vida tem uma melodia de fundo, ás vezes a ouvimos tênue, outras alegram e outras deixam perguntas.
             
 Deixemos o doce sentido da música que nos acompanha suavemente seguir-nos, por estas linhas...

Contaram um dia...muito perto do coração que um dia as pessoas pararam para ouvi-la:
        A melodia passageira. Desde então tudo foi diferente - as pessoas se olharam, não tiveram mais medo, ordens, regras.
Se desfez padrões criados antes de existirmos...
Não é um sonho; é buscar um novo dia...

" O que dura muito tempo, torna-se suficiente.
O que dura tão pouco tempo... traz saudade
- O bem seria quanto tempo? se há data ou limite, por favor, nos diga então. Quem sabe assim perceberemos que se amamos, amamos sempre todo dia - Na noite; no amanhecer."

..............................................................................................................................................

1960, 19 de março - São Sebastião, Brasil    ás 22 hrs.

-Boa noite companheiros! Estamos juntos novamente, é com alegria que começamos mais um Espaço Comunicação. A noite está tranquila, a  lua nos acompanha e as pessoas voltam para suas casas...

Lerei um trecho do verso: Poesia de nosso poeta:

"Quem fez a gruta - escura, o pirilampo cria!
Quem fez a noite - azul, inventa a estrela clara!
Na fronte do oceano - acende uma ardentia!
Com o floco do Santelmo - a tempestade aclara!
Mas ai! Que a treva  interna-  a dúvida constante -
-Deixaste assoberbar-me em funda escuridão!...
.....................................................................................
E uma voz respondeu nas sombras triunfante:
"Acende, ó viajor! a fé no coração!..."
                                          Curralinho, 5 de junho de 1870
Castro Alves - Pelas sombras


Quando um poema preenche uma pergunta... deixa-nos outras novas...- Para que seja assim; sempre renasça novos questionamentos.

E com uma música encerro o programa de hoje. Uma noite linda á todos, meu abraço sincero e minha fé no futuro, em ti!
Obrigada
De Marisol Castanhares - Espaço Comunicação
...



Saindo de sua sala na livraria despediu-se do tio, se chamava Carlos. É um homem de caráter forte, plenamente decidido. Responsabilizou-se pela criação de Marisol desde que sua mãe se foi.
Com seu vestido azul, cabelos presos e olhar ao chão, passava pensativa pela longa avenida, levava nos braços  alguns livros e cadernos.
Marisol era uma garota solitária, extremamente sonhadora, mas sempre escondia algo por trás de seu olhar, ares de tristeza. Por mais que dissimulasse, por mais que fizesse mil coisas havia nela um espaço vazio que nunca soube entender. Tinha apenas 16 anos e uma vida inteira pela frente.

Tinha a sensação de ser mais um na multidão, mas acreditava na multidão. O rádio havia se tornado seu amigo, o espaço onde poderia dizer.
Fazia frio aquela noite... a lua iluminava ainda a pequena cidade de São Sebastião, e a rua vazia ficava...
Com os braços encolhidos ela começava andar mais depressa. Quando avistou no chão perto da calçada, um pequeno cordão de pulseira artesanal. - Parecia uma lembrança, algo que se guarda com muito carinho. Uma flor branca de tulipa ganhava destaque na pulseira.
De repente se aproximava um rapaz, seu olhar só seguia a luz pequena branca da delicada flor ao chão...
Os dois estenderam as mãos para pegá-lo, sem perceber um ao outro. Quando perceberam houve afastamento. Marisol o olhava perdida, havia recuado um passo atrás com a pulseira em mãos. - Não sentia medo.
O rapaz ficou tão surpreso a  olhou e saiu correndo pela noite, já não se podia vê-lo.
Seus olhos grandes, escuros igual a escuridão da noite tremiam... Ele era alto, tinha o cabelo enrolado, quase na nuca. Levava em seu obro a sacola azul que lhe chegara até os pés.
A menina então guardou-lhe entre seus cadernos procurando ao acaso, encontrar-lo.
Chegando a casa deitou-se por um tempo, contemplando a vista de estrelas na fecha de sua janela.
O vento soprava suavemente... seu tio ainda não regressara. Pôs então a escrever:



"- Querido Diário, amigo
13 de março de 1960- Pela noite...
                Estou aqui novamente, com minhas antigas histórias... escrevendo como se fosse a primeira delas.
Hoje  fui a livraria como diariamente faço, apresentei o programa de rádio também, como já sabe,  e encontrei um rapaz muito simples, vestia blusa branca com manchas do dia, calça larga preta. No ombro uma sacola azul... O rosto estava abatido, cansado, era magro, deveria ter 19 ou 20 anos. O encontrei ao sair da livraria como de costume, e por surpresa estava eu olhando uma pulseira ao chão, não sei o porquê mas ela havia me chamado a atenção. Por coincidência a ele também. Demorou para percebemos.
Não tive tempo para perguntar-lhe seu nome, nem se era dele a pulseira...saiu correndo...
O que me intrigou foi seu semblante; - como se escondesse...não sei, era triste seu olhar. E assustado ele se foi. Sem pronunciar uma palavra.
Bem, o dia foi normal. Talvez esta flor ainda me mostre um caminho...
Boa noite meu amigo, até breve!"
No dia seguinte o céu nublado avisa um novo dia...
As portas se abriam e as lojas esperaram seus clientes. A  cidade movia-se ao passo de uma canção - A livraria de Carlos estava sendo cuidada pela jovem.
Ao entrar podíamos ver-la, entre a multidão de livros organizando um a um, tirando poeiras indesejáveis.
-Muito bom dia senhorita, saberia me dizer aonde está o livro que fala do Império Austro-Húngaro?
-Deve dizer deste, não é?
-Exatamente! Como sabia?
- É o único que temos sobre o Império Austro- Húngaro. Há tempos que ninguém procura este assunto.  2 Exemplares apenas nos resta , levará senhor?
-Com toda certeza, os dois por favor. Precisarei para dar aulas.
-Ah sim, é professor de História, certo?
-Certo menina! Raimundo, professor de história e especialista em estudos da antropologia. Tome este é meu cartão, um dia precisará de minha ajuda.
-Obrigada! Como pode ter certeza?
-Não tenho certeza. Ninguém tem. Só sei o que sei; as pessoas sempre vão precisar uma das outras.
                Os livros eram realmente muito antigos, mas continham informações valiosas. Quem o lesse atentamente descobriria muitas coisas sobre o Império-  Austro-Húngaro. Falou-se da Imperatriz Sisi e a vida solitária que viveu no meio de tudo isto.
Chegara a noite novamente, e seu eterno mistério...

-Mais uma noite junto a vocês! Bem vindos novamente ao nosso espaço.
Como estão todos? Espero que muito bem.
Vejamos este poema que lhes contarei, ouça-o suavemente como se estivesse sentado a beira da praia, olhando para intermináveis estrelas ao céu...

"Equitação

-Mas o amor precisa da liberdade,
pode ir, pode vir.
Um castelo seria uma aliança
Se fosse o amor, primeiramente andança..."

Elisabeth

Fez-se silêncio... logo retornou sua voz.

-Deixo-lhes ao som de Johann Strauss
Muito obrigada pela companhia! Até a próxima.

Ao sair da loja, já tudo guardado e fechado, decidiu-se antes de ir para casa ir a uma lanchonete ali perto.
Seu passo era lento e seu olhar triste.
Deixou suas coisas no guarda pertences e pediu um café com torradas de geléia.
Estava vazia, praticamente havia ela, a Sra. que atendia Dona Cláudia e agora... um gatinho que veio lhe pedir um pouco de geléia.
-Vamos, deixe-me; não posso lhe dar geléia, fará mal a sua saúde, deves comer ração.
Passou-lhe a cabecinha em suas mãos e foi para a porta onde deitou-se.
-Obrigada Sra. Cláudia. Até breve. Deixo-lhe aqui na mesa?
-Oh sim, eu arrumarei. Até breve minha jovem.
Na saída encontrou o rapaz do dia anterior, guardando as latas de refrigerantes vazias na sacola azul. As tirava em frente a lanchonete, onde algumas pessoas costumavam deixar...
-Boa noite, perdoe-me. Como se chama? perguntou surpresa.
Silêncio...
O rapaz a olhou por dois segundos e sem dizer uma palavra pegou a bolsa e partiu. Sumindo no escuro da noite.
-Já não sei  por quê foge, parece ter medo...
Depois que chegou em casa, já sem forças, deixou render-se num sono interminável.
Seu tio tentara acordá-la para ir trabalhar, o dia amanhecia, mas acabou por deixá-la descansar.
Só notou que era um novo dia quando no relógio marcou-se 13 hora em ponto.

Correu para a livraria.



quarta-feira, 15 de junho de 2016

Uma letra

Conheces acaso a melodia que lhe toca, o coração e a alma? ...faz nascer muitas histórias, de uma que se conta.
A música,
a poesia,
a palavra,
a cor,
o olhar...
para onde nos levará? ...


Entre universos distantes... 


Na fotografia dos olhos,
tudo estava intacto,
seu leve, transparentente reflexo reluzindo o sol
no brilho de água
Era a tarde indo-se,
iluminando suas faces, os caminhos que os pés vão pisando
de pé em pé,
gesto em gesto,
...
voando por universos distantes,
sorrisos entre ditos
vozes que cantam, enquanto  falam
ouvidos  que sentem,
eu vou andando..
cortinas de chuva,
molham os guardas chuvas, os telhados sutis
na volta da cintura de alguém que passa
vai voando um dia,
dois dias,
os sonhos que seguem trazem novos frutos
construindo viajante que nada tem medo
quem és tu?
quem somos nós?
aonde pretendes ir?
acaso saibas?
na bela melodia, um jardim renasce,
o toque das mãos,
o abraço amigo
quem sonha, viaja
entre universos distantes...

-Vida incandescente

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Há momentos...

Há momentos em que estamos distantes...não por que queremos ou por indiferença - são os sonhos, que vão voando e a nossa visão vai acompanhando e quando eles se fecham, guardam no coração um sonho.

Se os dias fossem iguais, não saberíamos enxergar o que está além, além das fronteiras. - Cabe a nós suavemente observar cada detalhe que nos cerca. Pode ser que encontraremos as respostas, assim.

"Amo o sol quando se poe e quando adormece.
Amo sentir que sorri com sinceridade.
Amo a doçura de uma mãe e a curiosidade
das crianças
Amo o vento sobre os cabelos,
ao andar caminhando sem se importar aonde irás.
Amo os que amo amar.
Este pequeno banco  na praça,
reescrevendo histórias nas linhas de um passado presente
em um futuro perto.
A voz que me escuta, o olhar que pergunta
cheio de ternura
Amo a  ele, a ela. A senhora e o senhor,
O rapaz e a moça, a chuva e os chapéus
Amo os bons sentimentos que nunca morrem.
Que se passam de pessoa a pessoa
Amo a uma pessoa especial, da qual penso sempre...- um grande amor que levo no coração
Agora não digas que não tem a quem amar,
há um mundo inteiro... :)


quinta-feira, 26 de maio de 2016

A poesia em semblantes

Quando tudo ainda é um pensamento... 
Há mais uma poesia que no meu coração eu busquei dizer, espero que ele leve os bons sentimentos deste mundo  :)

A sombra de um semblante...


Quem tirará a sombra do semblante triste?
- o tempo? o novo? as promessas? a esperança...
Se a tristeza for ausência de esperança
como ela se perdeu? o que trará de volta seu brilho?

Quando olhares derramam lágrimas escondidas,
e a visão vai se fechando para evitar ver
o invisível,
a poeira sobre a cidade,
o cenário já antigo...

Neste momento, a voz se cala
-querendo gritar
A música silencia
e o mundo parece pequeno demais,
na quantidade que nos apresentam

Se as palavras ficam paralisadas
quando se perde a esperança
quem dará ao semblante sonhos?
-Um passo diferente? um caminho distante?
a pergunta que busca resposta?
ou respirando profundamente
as lágrimas cessariam, os olhos ganhariam vivez
e os passos ritmos?...

As ruas são largas por vezes,
e o espaço deixa-nos um vazio,
o mesmo se passa quando não há espaço;
As subidas e descidas
seja no volume de um som,
nas ruas de distintos nomes,
na velocidade pequena...
A grandeza dos sentimentos
anda escondida e oprimida
dentro de cada coração

Em passos de alguém que anda,
no semblante desvisto,
se esconde algo...
- o que não se pode ser, as palavras não ditas
emaranhadas nas obrigações.

Imposta modo imperativo...
Quando diremos quem somos?
quando seremos quem somos?

Não deixe a tristeza fincar no seu coração,
- nem o semblante esconderá

O que há dentro de cada um
é maior que toda invenção,
digna de sentir,
sentir-se vivo
enquanto caminhas,
enquanto respiras,
sob o sol
sob o frio da noite

(Precisamos levantar e tomar outros rumos, peguemos as rédeas e sejamos os nossos passos os que os sonhos nos mostraram.)

terça-feira, 24 de maio de 2016

Poesia

Hoje há um verso que toca meu coração e entre outros que escrevi, este foi o que me escolheu
Lindos dias à todos! esperamos pelo sol, mas ele está em nós. 


Um verso vindo de longe...


O que está ali, por de trás de seus olhos?
a uma gota de um riacho distante...
a uma sutileza do sol ao amanhecer,
ao som acolhedor da chuva,
ha a voz de quem pede, de quem pergunta, de quem grita por viver
da sua maneira;
na luz da liberdade
Nas asas de um sonho,
-sonho seu,
sonho meu, sonho deles...

Acaso poderia eu, lhe dizer?...
acaso saberia eu, lhe dizer como és?
-talvez seja só interpretações, sensações
a busca por querer enxergar o que levas por dentro
além do que vês, por além do que dizes...

Há uma sombra e uma luz em seu doce olhar

Se pudesse eu coloria o céu  para ver-te sorrir de novo,
o sorriso sincero

E a história que contavas... - poderia contar-me como ela é agora?

Por favor, não fique triste assim.
Este mundo também é belo,
sei que o vês...
Sairás trilhando novos caminhos, verei você
sentindo seu coração vivo,
a sorrir de novo,
seu sorriso sincero, só seu
ao que me faz feliz 
Meu bem, és  o dia, a noite e toda sua luz,
-as estrelas e a lua.

Assim és, assim sentes, assim sonhas.

...Sim.

domingo, 15 de maio de 2016

Sobre o blog



    Este espaço é uma maneira de dizer o que naturalmente no dia a  dia fica preso, adormecido, ou guardado em papéis, cadernos,
 
   

   Aprendi que cada pessoa tem em si muitas coisas para contar, para transmitir. De alguma forma escrever nos ajuda a transformar o que pensamos e sentimos em um molde de tudo que vivemos e imaginamos. Ganha vida, por isso cada um tem o poder da intuição que as palavras nos proporciona.E cada pessoa tem seu jeito de ver o mundo e de senti-lo, com isso surge a necessidade de expressar.É neste momento que descobrimos como e qual o meio para isso.  O meu descobri ser a escrita, e agora reconheço-me também através dos desenhos e das cores. Nossa outra missão é sempre questionarmos a vida, o universo, seu surgimento. E a inexplicável questão: quem somos?                                       -Há uma vida inteira para descobrir, então vamos vivê-la.

Este espaço é para que você diga comigo também o que sente, pensa e vê.Com muito carinho,


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Início


Um pedacinho de carinho, uma palavra livre - de um coração que acredita em quem o lê, ou em quem passa pela rua e se distrai num momento, de instante, por ter a felicidade de olhar um olhar, de sentir o leve sopro do vento ao passar pelas folhas verdes deste lugar. 
Tudo que é vindo do coração é para fazer florir.
Sinta-se, e deixe as palavras dizerem ( tentarem dizer)... 
- Porque ainda tenho esperança, e sei que  não é em vão. :)

Sejam bem vindos ao blog de poesias e histórias! Espero que este espaço possa lhe trazer alguma alegria a mais.

De coração,

Isabela Barbosa